Lisboa entre as bolsas que mais dividendos paga aos acionistas

As empresas do PSI estão a negociar atualmente com uma taxa de dividendos média de 3,58%, que coloca a praça nacional entre as quatro bolsas mais generosas do espaço da moeda única.

O principal índice da bolsa nacional está a negociar com uma taxa de dividendos de 3,58%. Entre os principais índices da Zona Euro, apenas Milão (4,45%), Madrid (3,77%) e Bruxelas (3,69%) se revelam mais generosos que Lisboa.

A fama de bom pagador de dividendos do PSI é salientado pela Allianz Global Investors que, num estudo publicado este mês e enviado esta terça-feira aos seus clientes, revela que “Portugal situa-se no top 10 da Europa em termos de rendimento de dividendos pelo quinto ano consecutivo (depois de estar no top 5 até 2022 e ocupar a primeira posição em 2019).”

Os analistas da Allianz Global Investors destacam que, no ano passado, a bolsa de Lisboa registou uma taxa de dividendos de 3,55% e “estima-se que ascenda aos 3,67% em 2024, o que lhe permitirá subir uma posição no ranking europeu este ano.”

Atualmente, com uma taxa de dividendos de 10,5%, a Ibersol é a estrela destacada do PSI ao apresentar a mais elevada taxa de dividendos. O pódio é preenchido pela Nos e pela Navigator que estão a negociar com taxas de dividendos de 8,5% e 7,8%, respetivamente.

No fundo da tabela, excluindo a Greenvolt, que voltará a ser a única empresa do PSI a não remunerar os acionistas sob a forma de dividendos, está ao BCP, com uma taxa de dividendos de 0,3%, que já revelou, através do seu presidente, por diversas ocasiões, que pretende regressar aos dividendos este ano.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Os analistas da sociedade gestora alemã revelam ainda que, nos últimos anos, o pagamento de dividendos tem contribuído significativamente para a rentabilidade total das ações europeias: “de 2019 a 2023, o pagamento de dividendos de 2,51% representou quase metade da rentabilidade global, de 5,13%. De 2014 a 2018, o seu peso foi superior, com uns 2,75% dos 2,96% totais”, lê-se no estudo.

Na bolsa nacional, o impacto dos dividendos foi da mesma ordem: se no último quinquénio, da rendibilidade média anual de 10,6% do PSI, cerca de 46% destes ganhos foram gerados pela distribuição de dividendos.

Isto significa que, entre 2019 e 2023, por cada 100 euros de retorno numa ação do PSI, 46 euros foram gerados pelos dividendos (sem contabilizar a tributação fiscal nem as comissões cobradas).

Historicamente, os dividendos têm contribuído significativamente para o rendimento total das ações. Estes também se têm desenvolvido de forma mais constante do que os lucros empresariais, o que nos leva a concluir que as empresas normalmente mantêm a sua política de dividendos uma vez estabelecida e que, mesmo que os seus lucros apresentem um desenvolvimento mais fraco, tendem a aumentar os dividendos em vez de reduzi-los”, refere Hans-Jörg Naumer, diretor global de Mercados de Capitais e Análise Temática e autor do estudo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Lisboa entre as bolsas que mais dividendos paga aos acionistas

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião