Endividamento da economia sobe para 807 mil milhões, o equivalente a 304% do PIB

A economia nacional endividou-se em mais 1,41 mil milhões de euros em novembro, para 806,7 mil milhões de euros, cerca de 304% do PIB estimado pelo governo para 2023, depois de em outubro ter registado um decréscimo de 0,87%.

Segundo dados do Banco de Portugal publicados esta terça-feira, trata-se de um crescimento de 0,18% face a outubro e a nona vez este ano que o endividamento da economia regista uma subida.

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A autoridade liderada por Mário Centeno revela ainda que, em novembro, o crescimento da dívida foi espelhado por todos os agentes económicos, com particulares, empresas e administrações públicas a engrossarem o fardo da dívida.

“O endividamento do setor privado aumentou 1,1 mil milhões de euros, refletindo o incremento do endividamento das empresas privadas, em 1,0 mil milhões de euros, essencialmente perante o exterior, sob a forma de empréstimos e títulos de dívida de curto prazo”, refere o Banco de Portugal, notando que o nível de endividamento das empresas aumentou 0,35% em novembro.

No caso dos particulares, o Banco de Portugal salienta que o endividamento das famílias aumentou 0,05% em novembro (cerca de 700 mil euros) para 149,98 mil milhões, “principalmente junto do setor financeiro.”

Já o endividamento do setor público aumentou 0,08% (cerca de 300 milhões) para 357,17 mil milhões de euros. “Verificou-se um acréscimo do endividamento junto das administrações públicas (2,6 mil milhões de euros), parcialmente compensado por uma redução do endividamento junto do exterior (2,2 mil milhões de euros)”, refere o Banco de Portugal, sublinhando ainda que “esta diminuição foi influenciada pela amortização parcial de empréstimos do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF), em 1,5 mil milhões de euros.”

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